Autarquias do distrito admitem “agrupamento de freguesias”
As Juntas de Freguesia estão preocupadas com o seu futuro, e apesar de defenderem a sua manutenção, acham que o actual modelo deve ser “redefinido”, mesmo se isso implicar reduzir o número de freguesias.
“O actual modelo, sobretudo quanto ao número, deve ser redefinido, mas com bom senso”, manifestou Laura Esperança, coordenadora da Delegação Distrital de Leiria da ANAFRE (Associação Nacional de Freguesias).
“Há um amplo acordo, consenso e adesão à ideia de que as freguesias não podem nem devem ser extintas, isso é um dado adquirido, há uma história e uma mais-valia que os portugueses já interiorizaram como útil e imprescindível”, sublinhou.
“O “novo” modelo deve promover a autonomia das freguesias, com competências directas e bem definidas, acompanhadas de verbas para que possamos ter os meios necessários”, sustentou.
A delegação realizou o 3º Encontro Distrital de Freguesias do Distrito de Leiria. Das 148 freguesias do distrito de Leiria convocadas, estiveram presentes 126 autarcas.
Neste evento foi revelado que “mais de metade das freguesias tem menos de 1000 eleitores e a mais pequena tem 38 eleitores” e que “16% das freguesias recebem menos de 16 mil euros do Orçamento de Estado”.
O representante da autarquia de Albergaria dos Doze, em Pombal, informou que estão inseridos numa associação de freguesias. Estão a tentar acabar com as três freguesias e fundir só numa. Frisou o problema das extensões de saúde que ou funcionam mal ou vão fechar. “Esta poderá ser uma forma de resolver o problema, adquirindo área territorial maior”, vincou, apelando a que “não se veja a freguesia como sendo o nosso quintal”.
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