terça-feira, 1 de junho de 2010


Achados de dinossáurios colocam jazida de Andrés nas mais importantes da Europa Ocidental
Após cinco anos, investigadores confirmam importância da Jazida de Andrés, Santiago de Litém, para o mundo científico. Abundância e diversidade de restos de dinossáurios e de outras espécies com cerca de 150 milhões de anos revelam o 'valor' do local, que está entre os mais importantes da Europa Ocidental para o período do Jurássico Superior. Novos achados de esqueletos de dinossáurios e de outras espécies do Jurássico Superior em Andrés, colocam a jazida daquela pequena localidade entre as mais importantes da Europa Ocidental, no que se refere ao período que data entre há 141 e 153 milhões de anos. A quarta campanha de escavações paleontológicas na Jazida de Andrés, conduzida por uma equipa ibérica de investigadores de várias instituições científicas, durante 15 dias, e que terminou domingo, revelou as expectativas criadas nas anteriores incursões - a última há cinco anos -, nomeadamente a importância do local e dos achados para o mundo científico.Partes de animais de grande porte e de outras espécies de tamanho menor, alguns dos quais descobertos pela primeira vez na Península Ibérica, fortalecem a importância que os investigadores atribuem à jazida, nomeadamente os paleontólogos que lideraram uma equipa de 10 pessoas no local, o português Pedro Dantas e o espanhol Francisco Ortega, respectivamente do Museu Nacional de História Natural (MNHN) da Universidade de Lisboa, e da Universidade Nacional de Educação à Distância, em Madrid, Espanha. "Particularizando, encontrámos formas de pequenos tamanhos, que não são muito habituais encontrar, e que são de animais pequenos, que são a primeira vez que vemos na Península Ibérica, e outra grande novidade é que esta jazida e especialmente rica em número de espécies e com bons exemplares. Há muita diversidade de animais que viviam com os dinossáurios e os próprios dinossáurios", revela Francisco Ortega."Uma conclusão que podemos tirar, é que depois destas escavações temos novas formas identificadas nestes ecossistemas", adianta. Ou seja, "novas formas que ainda não tinham sido identificadas nesta jazida", especifica, por sua vez, Pedro Dantas. O paleontólogo acrescenta que "com o decurso dos estudos e do trabalho" será 'afinada' a classificação "e saber se são apenas formas novas para esta jazida ou se são também formas novas para o Jurássico Superior na Península Ibérica ou mesmo para a ciência", explica. Depois das muitas espécies encontradas nas campanhas anteriores, onde se destacaram restos de Allosaurus fragilis, os investigadores vieram encontrar na recente incursão "restos de animais maiores", nomeadamente herbívoros. "São restos de animais que cabem em três ou quatro grandes grupos: Braquiusáurios, formas próximas Diplodocídeos e formas afins dos Turiasaurideos", exemplifica Pedro Dantas, destacando restos de vértebras caudais de 40 centímetros de animais herbívoros. "Encontrámos mais material de Allosaurus, muito mais material de Tuataras, e começámos a encontrar formas (espécies) ainda não assinaladas de vertebrados e temos informação de bons restos de crocodilos e de mais espécies", adianta Francisco Ortega.

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