terça-feira, 14 de dezembro de 2010


PAULO PORTAS ONTEM ESTEVE NO COLÉGIO.


O líder nacional do CDS-PP deslocou-se a Albergaria dos Doze onde visitou o Externato Liceal local, uma escola com mais de 40 anos de existência, 30 dos quais com contrato de associação.

O líder centrista considera que a medida do Governo em fazer cessar os contratos de associação «é prejudicar dezenas de milhar de alunos e de famílias» assim como «prejudicar escolas com qualidade de ensino», tendo destacado o papel do Externato Liceal de Albergaria dos Doze, que se encontra entre as primeiras 40 escolas do país com ensino de qualidade.
No entender de Paulo Portas, «não é aceitável» que o Estado acabe com um contrato que fez com uma escola «para dar ensino em vez do próprio Estado». Tendo, ainda, destacado que aquelas escolas «prestam ensino a famílias com rendimentos desfavorecidos e até muito baixos», como é o caso da escola que visitou em Albergaria dos Doze, onde, dos cerca de 250 alunos que a frequentam, 60 por cento são beneficiários da acção social escolar.
«Quem é a família que põe um filho num colégio que daqui a um ano pode fechar, ou quem é o professor ou o trabalhador auxiliar educativo que sente o seu posto de trabalho com brio e com motivação sabendo que tem um cutelo em cima e que daqui a uns meses pode deixar de ter um posto de trabalho?», questionou.
Na sua opinião, uma ministra da Educação deve perguntar se o ensino «que é prestado numa escola particular é bom ou é mau» ou «se é um ensino para as classes mais abastadas que poderiam pagar propinas ou é um ensino que chega a toda a gente, incluindo os mais desfavorecidos», antes de «tomar uma medida que põe em risco a existência dessa mesma escola».
Antes, à porta do mercado municipal de Pombal, Paulo Portas deu a conhecer que o seu partido irá chamar ao Parlamento o presidente da Entidade Reguladora do Sector Eléctrico (ERSE), para obter uma justificação sobre o anunciado aumento do preço da electricidade para 2011.
Afirmando que o CDS-PP defende «reguladores fortes» que «protejam e defendam os consumidores», o dirigente centrista critica os que «são demasiado cómodos com empresas que são quase monopólios», como é o caso da EDP. E recorda que «nós já tivemos um regulador chamado Banco de Portugal que andou a dormir no BPP e no BPN».
«Como é que é possível as empresas que já vão pagar mais IRC e mais Código Contributivo, ainda terão que pagar mais 10 a 15 por cento de electricidade quando ao mesmo tempo, se lhes pede para contribuírem para o crescimento, para as exportações e para a criação de emprego?», questiona.
Questionado pelos jornalistas sobre a divulgação, pela Wikileaks, de diversa correspondência entre a diplomacia norte-americana sobre Portugal, Paulo Portas recusou-se a comentar a situação. «A correspondência diplomática é reservada ou secreta porque visa defender o interesse dos Estados», disse.
«Assim como os cidadãos não gostariam que violassem a sua correspondência e eu não gostaria que um dia violassem a correspondência das embaixadas portuguesas, também não vou contribuir com uma única palavra para discutir aquilo que é uma violação da correspondência diplomática de outro país», afirmou Paulo Portas.
«Pode ser muito tentador politicamente comentar ou até utilizar esses telegramas», disse Paulo Portas, mas adianta que «o que é reservado, reservado se mantém».
«Se eu disser uma palavra sobre o conteúdo, estou a ser cúmplice ou mesmo a patrocinar aquilo que eu considero que é um atentado contra a segurança do Estado», declarou o presidente do CDS-PP.

Sem comentários: