A Associação Portuguesa de Beneficência de Raincy (França) ofereceu desfibrilhadores aos Bombeiros de Ourém (secções de Freixianda e Espite), Bombeiros de Pombal (secções de Albergaria dos Doze e Guia) e um equipamento de manutenção física para o Centro de Apoio Social do Olival, concelho de Ourém. Uma ideia que a direcção da associação, com sede em França, quis levar a efeito em território português, depois de já ter auxiliado causas um pouco por todo o mundo. Os desfibrilhadores são aparelhos móveis que podem ajudar a salvar vidas em caso de paragem cardíaca.
No total, este foi um apoio no valor de cerca de 15 mil euros que Manuel Oliveira, Manuel Jorge e Luís de Jesus, da associação francesa, vieram deixar na região. “Foi-nos dada a ideia dos desfibrilhadores e resolvemos actuar na nossa região. Contactámos as associações de bombeiros, que primeiro se mostraram um pouco receosas por causa dos protocolos com o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) mas que rapidamente aderiram à iniciativa”, explicou Manuel Oliveira. A ligação ao Centro de Apoio Social do Olival já não é nova. Para além de Manuel Oliveira ter residência na localidade, há dois anos a associação entregou a esta instituição 44 cadeiras de rodas.
Manuel Oliveira é empresário e reside em França há 55 anos. A Associação Portuguesa de Beneficência de Raincy existe desde 1989 e destina-se a dar apoio social. Os fundos são conseguidos através de jantares de beneficência, onde empresários deixam voluntariamente o seu donativo. A associação tem apoiado a investigação da luta contra o cancro e é frequente atribuir equipamentos como cadeiras a roda, ambulâncias ou ajudas menores mas significativas a instituições necessitadas desses apoios.
O comandante da Associação dos Bombeiros Voluntários de Ourém, Júlio Henriques, classificou a oferta como uma “dádiva”. “É uma mais valia que vamos ter e que a população agradece e que poderá salvar vidas. Temos um protocolo com o INEM pelo que temos bombeiros preparados para trabalhar com estes equipamentos”. Continuou referindo que “são necessárias estas dádivas para continuar o trabalho voluntário”.
Presente na cerimónia, a vereadora Lucília Vieira definiu aquela como uma “cerimónia com um valor humanista” pois actualmente todas as instituições de queixam da falta de recursos.
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