sexta-feira, 8 de janeiro de 2010



Câmara de Pombal recebe um milhão de euros dos prejuízos das cheias de 2006
O secretário de Estado da Administração Local, José Junqueiro, homologou o contrato de financiamento que permite ao Município de Pombal receber um milhão de euros devido às cheias de 2006
A Câmara de Pombal recebeu hoje um milhão de euros para custear os prejuízos em infra-estruturas e equipamentos danificados nas cheias de 25 Outubro de 2006, um quinto do valor estimado pela autarquia.
À margem da cerimónia de assinatura e homologação do contrato de financiamento, o secretário de Estado da Administração Local, José Junqueiro, justificou o atraso na entrega da verba devido a “vicissitudes” no processo de candidatura.
José Junqueiro salientou contudo que o “importante” é o facto de o apoio ser um quinto da verba nacional no âmbito da Cooperação Técnica e Financeira, dando origem à criação do Fundo de Emergência Municipal.
O secretário de Estado referiu que este fundo vai permitir que, em situações análogas, haja outros instrumentos para “poder actuar mais rapidamente e de uma forma substantiva”.
José Junqueiro considerou que a verba disponibilizada ao município de Pombal é a comparticipação solidária “num esforço que é de todos”, realçando o trabalho da autarquia e da população na reconstrução.
“A primeira coisa que fizeram foi dar as mãos e encontrarem-se todos num único fim que foi o de reconstruir o que as forças da natureza tinham devastado”, anotou José Junqueiro, destacando, igualmente, a “persistência” da autarquia que conseguiu para o concelho a canalização de um milhão de euros.
“Alcança quem não cansa”, comentou a este propósito.
O presidente da Câmara Municipal de Pombal, Narciso Mota, declarou que “quem espera sempre alcança”, revelando satisfação por, “finalmente”, ter sido assinado o contrato de financiamento.
“Eu fiquei feliz, fiquei radiante”, afirmou aos jornalistas, acrescentando nunca ter perdido a esperança de o concelho vir a ser ressarcido dos trabalhos de reconstrução que se seguiram às inundações.
O autarca explicou que desta forma os concelhos são “tratados todos da mesma maneira”, embora Pombal tenha ficado para último “porque acabaram as verbas”.
Quanto à verba, um quinto dos cinco milhões de euros estimados de prejuízos, o responsável sustentou que “vale mais pouco que nada” e anunciou que o executivo municipal está a desenvolver medidas “para que não haja mais consequências de inundações”.
O desassoreamento de ribeiras, a construção de uma bacia de retenção de água e o redimensionamento dos túneis estão entre os investimentos previstos, explicou Narciso Mota.
As cheias, que provocaram a morte de uma mulher que se encontrava acamada, tiveram origem numa tromba de água que se abateu sobre a cidade na madrugada de 25 de Outubro de 2006, arrancando passeios e destruindo jardins, pontes, equipamentos e outras infra-estruturas públicas, causando também danos em viaturas, lojas e habitações.
Na sequência das inundações, que levou à activação do Plano Municipal de Emergência, escolas e alguns serviços públicos foram encerrados.
O presidente da Câmara assegurou que os trabalhos de recuperação se prolongam até 2011, contribuindo o orçamento municipal com quatro milhões de euros.

8 de Janeiro de 2010

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